É considerado por muitos o maior meia e um dos maiores jogadores do futebol mundial nos últimos tempos, e integra o grupo dos "4Rs" (Ronaldo, Romário, Ronaldinho e Rivaldo), estes considerados os quatro melhores jogadores brasileiros da história recente do futebol.
Ídolo no Barcelona — onde sua atuação fez com que fosse eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA em 1999 —, foi decisivo para a Seleção Brasileira conquistar seu quinto título mundial na competição disputada na Coreia do Sul e no Japão em 2002.
Rivaldo era um meio-campo versátil e inteligente, pois fazia gols como atacante — e em algumas oportunidades foi escalado nessa posição. Apesar de não ser um atacante de ofício, quando chegava na área oferecia sério perigo para a zaga adversária com seus chutes letais, sua classe exuberante e sua plasticidade. Era especialista em cobranças de falta, voleios e bicicletas, além de chutes de longa distância e de cobertura. Parecia ser lento mas tinha uma velocidade incrível e em seu registro tem gols e jogadas de todos os tipos.
Teve passagens vitoriosas pelo Palmeiras, clube onde foi campeão brasileiro em 1994, paulista em 1996 e virou ídolo da torcida, pelo La Coruña, e pelo Barcelona, onde foi campeão espanhol em 1998 e 1999, entrando para a lista dos maiores jogadores da história da equipe. Jogou também no Santa Cruz, Mogi Mirim, Corinthians, Milan, Cruzeiro, Olympiakos, AEK Atenas, Bunyodkor, São Paulo, Kabuscorp e São Caetano, encerrando a carreira em 2015 novamente com o Mogi Mirim.
Foi lembrado por Pelé em sua lista dos 125 maiores jogadores vivos do mundo, e está no All-Star Team da FIFA das Copas do Mundo de 1998 e 2002 (seleção dos melhores jogadores eleitos pela FIFA ao final de cada Copa).
Nascido no Recife, assinou contrato profissional com o Santa Cruz aos dezenove anos, em 1991, depois de ter impressionado olheiros locais em um torneio pelo Paulistano, do município onde morava, Paulista, situado na região metropolitana da capital pernambucana. Ainda como Juvenil chegou a participar de algumas partidas no Campeonato Pernambucano de 1990 (marcando um gol), ajudando o Santa Cruz a conquistar o título. Após destacar-se com o Santa na Copa São Paulo de Juniores, em 1992 foi trocado por cinco jogadores com o Mogi Mirim e nem voltou a Pernambuco após o torneio.[8] Foi para o clube do interior paulista juntamente com os colegas Válber e Leto.
No Sapão, participou com eles da conquista da Série A2 do Campeonato Paulista, na equipe que ficou conhecida como "Carrossel Caipira" e e que continha também o zagueiro Capone. Mesmo ali, Rivaldo não era considerado a maior promessa, e sim Válber, embora já ali demonstrasse habilidade no então incomum posicionamento misto de meia e atacante.[10]
Em meados de 1993, em que Rivaldo foi notícia também por um gol do meio de campo, o Corinthians conseguiu o empréstimo dele e de outros jogadores-chave do Mogi: Válber, Leto e o ala Admílson.
No Corinthians foi mal no Rio-São Paulo de 1993, perdendo para um Palmeiras mesclado de reservas. No Brasileiro, contudo, Rivaldo não desapontou marcando onze gols no e ganhando a Bola de Prata da Placar como um dos melhores atacantes.
Não foi bem no Paulistão de 1994; O Corinthians acabou desistindo de contratá-lo em definitivo, após não conseguir reduzir seu preço.[9] O Palmeiras, em parceria com a patrocinadora Parmalat, resolveu apostar nele e pagou 2,4 milhões de reais ao Mogi para tê-lo.
Chegou ao arquirrival para as disputa do Brasileirão daquele ano, já após a Copa do Mundo de 1994, e viveu grande fase, tendo sido vice-artilheiro do campeonato com quatorze gols e o grande maestro da conquista do oitavo título palmeirense no torneio. De quebra, vingou-se de seu ex-clube, contra quem a final foi disputada: marcou dois gols na vitória por 3 a 1, no primeiro jogo e, no jogo de volta, fez o gol de empate por 1 a 1 a dez minutos do fim da partida, acabando com as esperanças alvinegras de esboçar alguma reação. Agora como palmeirense, recebeu nova Bola de Prata seguida, desta vez como um dos melhores meias.
Ainda no Palmeiras ganhou o Campeonato Paulista de 1996, onde o time teve excepcional poder ofensivo, ultrapassando cem gols.
Rivaldo tinha ido aos Jogos Olímpicos já como jogador do Deportivo La Coruña, para onde foi vendido após o título paulista. Chegou ao time da Galícia com a missão de substituir o ídolo local Bebeto, que havia ido para o Flamengo. Teve uma ótima temporada, fazendo 21 gols, que ajudaram a conduzir o "Depor" ao terceiro lugar do Campeonato Espanhol.
Uma temporada depois, Rivaldo já era jogador Barcelona, chegando ao clube catalão para substituir desta vez ninguém menos que Ronaldo, que se transferira para a Internazionale. Os quase trinta milhões de dólares que o "Barça" pagou por ele seriam bem recompensados, com Rivaldo ganhando no clube o que seu "antecessor" não conseguira, o título da Liga Espanhola, que voltava aos blaugranas após três anos. Faturou ainda uma Copa do Rei, uma supercopa européia e mais uma liga espanhola. Depois da primeira temporada suas apresentações foram cada vez mais surpreendentes, a partir daí começou a ser cogitado como o melhor do mundo. Grandes atuações foram vistas, como arrancadas, dribles desconcertantes, passes mágicos e grande quantidade de gols. Os gols aconteceram de todos os tipos, do meio de campo, de bicicletas e voleios, de falta, de cabeça, de cobertura, entre muitos outros. Suas jogadas espetaculares e gols variados pelo Barcelona fizeram com que ele fosse eleito o melhor jogador do mundo.
Após destaque no Corinthians em 1993, ganhando bola de prata, recebeu, em dezembro daquele mesmo ano sua primeira convocação, marcaria o gol da vitória em amistoso contra o México em sua estreia pela Seleção Brasileira. Tinha grandes chances de integrar o plantel convocado por Carlos Alberto Parreira para a Copa do Mundo de 1994. Entretanto, não foi bem no Paulistão de 1994.
Após um excelente Campeonato Paulista em 1996 disputaria, como um dos três jogadores acima de 23 anos do elenco brasileiro, as Olimpíadas de Atlanta que ganharia a medalha de bronze. Acabaria como um dos crucificados na derrota nas semifinais para a Nigéria por ter errado um passe que resultou em um dos gols na vitória dos africanos na prorrogação, e com isso ficou um ano sem defender a Seleção.
Voltou à Seleção Brasileira para as disputas da Copa das Confederações de 1997.
Finalmente, no ano seguinte, iria para uma Copa. No mundial da França, teve grande desempenho com jogadas de efeito e assistências, marcando três gols, pouco podendo fazer na derrota ante aos anfitriões franceses na final.
Já em 1999, ganhou a Copa América, sendo premiado como melhor jogador da competição. Foi artilheiro ao lado de Ronaldo com 5 gols.
Em 2000 e 2001 disputando as eliminatórias da Copa do Mundo de 2002, foi muito criticado pela torcida brasileira, pois o futebol em seu clube Barcelona estava muito superior ao que vinha apresentando na seleção. Então começou a ter desgastes devido aos xingamentos e vaias proferidas pelos torcedores, ao ponto de no jogo contra Colômbia, em pleno estádio do Morumbi lotado, ser hostilizado e declarar que não iria defender mais o Brasil. Ainda assim Rivaldo acabaria as eliminatórias como vice-artilheiro com 8 gols.
Entretanto, na Copa de 2002, Rivaldo foi o principal responsável por liderar o Brasil rumo ao pentacampeonato.
Destacou-se logo na fase de grupos marcando três gols, um em cada jogo, e dando assistências. Continuou decisivo nos mata-matas marcando um golaço, o primeiro gol da vitória por 2 a 0 nas oitavas-de-final, no duro jogo contra a Bélgica. Também foi seu o gol de empate contra a favorita Inglaterra, nas quartas-de-final, após receber passe, em ótima jogada de Ronaldinho, já no final do primeiro tempo. Chegou às semifinais tendo marcado em todas as partidas, o que lhe dava chances de igualar o feito de Jairzinho, que, na Copa de 1970, fizera gols em todos os jogos do Brasil e terminou campeão. Na disputa pela vaga na final, em novo jogo contra a Seleção Turca, todavia, acabou jogando muito bem mas não marcando.
Voltou a ser fundamental na final, contra a Alemanha, tendo participado ativamente dos dois gols da vitória que deu o pentacampeonato à Seleção Brasileira: no lance do primeiro gol, desferiu um forte chute de meia distância que o goleiro Oliver Kahn não conseguiu segurar, deixando o rebote livre para Ronaldo abrir o placar. Poucos minutos depois, atraiu a defesa alemã ao receber um passe de Kléberson, porém abriu as pernas e deixou a bola passar para Ronaldo, livre de marcação, marcar o segundo. Após a final era favoritíssimo para ganhar o prêmio de melhor jogador. Terminou a Copa de 2002 tendo anotado cinco gols e sendo eleito o quarto melhor jogador do torneio pela FIFA.
No ano de 2002 ele também foi homenageado no anime Captain Tsubasa com o personagem Rivaul, que era o melhor jogador do Catalunha (Barcelona). No anime, Rivaul é o melhor jogador do mundo; rápido, forte e habilidoso e o principal nome do FC Catalunha. É o jogador que Tsubasa, protagonista do anime, tenta superar.
Em junho de 2002, ainda antes da Copa, o Barcelona liberou Rivaldo de seu contrato um ano antes de seu término, e o brasileiro mostrou-se satisfeito, pois a equipe estava recontratando seu desafeto, o técnico neerlandês Louis van Gaal. Sendo assim, ele assinou um contrato de três anos com o clube italiano Milan. Mesmo tendo participado dos títulos da Copa da Itália e da Liga dos Campeões da UEFA, estava insatisfeito com a reserva. Não parecia contar com a simpatia do técnico Carlo Ancelotti, que não havia ordenado a contratação do brasileiro (e sim o presidente Silvio Berlusconi). Rivaldo, que já disputava posição com o português Rui Costa, perdeu mais espaço ainda com a surpreendente grande fase que Kaká apresentou assim que chegou aos rossoneri, em meados de 2003.
Resolveu voltar ao Brasil, no início de 2004, por indicação do técnico Vanderlei Luxemburgo que o convenceu a descartar propostas europeias para jogar no clube, sendo a grande contratação do Cruzeiro para Copa Libertadores. Antes, inclusive, de acertar com os mineiros, Rivaldo teria sido desejado pelo São Paulo.Entretanto, sua passagem pela equipe foi muito curta, apenas onze jogos e dois gols, saindo do clube em fidelidade ao técnico Vanderlei Luxemburgo, que foi demitido um dia antes do clássico contra o rival Atlético Mineiro, após desentendimento com a diretoria, frustrando a torcida do Cruzeiro que esperava o Rivaldo que ajudou a Seleção Brasileira a vencer a Copa do Mundo de 2002.
Assinou então com o clube grego Olympiakos, ganhando três Campeonatos Gregos e duas Copas da Grécia. Rivaldo assim como na Espanha marcou gols e jogadas memoráveis, incluindo uma fantástica apresentação na final da copa com uma bola bem colocada de uma posição muito difícil perto da bandeira do escanteio. Rivaldo também marcou dois gols memoráveis de falta na temporada: o primeiro foi no derby local contra o outro gigante do país - o Panathinaikos - e o segundo contra o clube inglês Liverpool, na Copa da UEFA.
Entretanto, sua curta passagem pelo Cruzeiro e a pouca visibilidade do futebol grego no Brasil acabaram custando-lhe a vaga na Seleção Brasileira. Sua última partida foi contra o Uruguai, num empate por 3 a 3 em novembro de 2003, já pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006. Contudo, apenas três meses após renovar seu contrato, Rivaldo resolveu deixar o clube alegando falta de pagamentos, afirmando que lhe era devido aproximadamente trezentos e noventa mil euros.
Acabou acertando com o rival AEK Atenas, onde jogou uma temporada. Para o seu desgosto, o título grego é perdido nos tribunais para o seu ex-clube, que ganhou os pontos de uma derrota para uma equipe que utilizara um jogador que foi pego no antidoping - o suficiente para o Olympiakos ultrapassar em dois pontos o AEK na tabela.
Após quatro temporadas no futebol grego, transferiu-se para o Bunyodkor, do Uzbequistão, por dez milhões de euros, dando grande visibilidade ao time asiático.
Em 11 de agosto de 2010, após dois anos no país, conquistando um bicampeonato nacional e uma copa, anunciou a rescisão do contrato com o clube.
Em novembro de 2010, Rivaldo anunciou que iria disputar o Campeonato Paulista de 2011 pelo Mogi Mirim, clube do qual era também presidente.Entretanto, em janeiro de 2011, acertou com o São Paulo para jogar até o final do ano. Na sua estreia pelo São Paulo, fez o primeiro gol da vitória sobre o Linense por 3 a 2.
Apesar da boa estreia e dos pedidos intensos da torcida tricolor, Rivaldo não foi mais utilizado pelo técnico Paulo César Carpegiani. Chateado com a situação, veio a público dizer que estava insatisfeito com a reserva no time são-paulino e, após a saída de Carpegiani, teve uma boa sequencia de jogos, com Milton Cruz e Adílson Batista. Desde então, fez boas partidas, sendo importante na área de armação do time e conquistando a simpatia de grande parte da torcida. Porém, com a saída de Adilson do comando e a chegada de Emerson Leão, o pentacampeão não teria maiores chances.
Em 1 de dezembro, Rivaldo oficializou, por meio de sua conta no Twitter, que seu contrato não seria renovado pelo São Paulo para 2012.
Em 2012, acertou com o Kabuscorp, de Angola por um valor estipulado pela mídia local em torno de cinco milhões de dólares, uma das maiores contratações da história do futebol africano.[20] No dia 5 de novembro, Rivaldo anunciou o fim do seu contrato com o Kabuscorp, e havia rumores sobre a sua aposentadoria.
No dia 16 de janeiro de 2013, o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, confirmou a contratação de Rivaldo para 2013. O jogador foi apresentado no dia 22, na sede social do Azulão. Em 9 de fevereiro, na sua estreia com a camisa do time do ABC paulista, diante do Corinthians, no Pacaembu, o pentacampeão também fez seu primeiro gol pela nova agremiação, o responsável por inaugurar o marcador do jogo, que terminaria empatado por 2 a 2.
No dia 7 de novembro, rescindiu o contrato com o São Caetano, alegando dores no joelho.
Em janeiro de 2014, reestreou no Mogi Mirim jogando pelo Campeonato Paulista e atuou algumas partidas ao lado do seu filho Rivaldinho.
No dia 15 de março de 2014, por meio de seu Instagram, anunciou que sua carreira de jogador chegou ao fim. "Com lágrimas nos olhos hoje gostaria de primeiramente agradecer a Deus, minha família e a todos pelo apoio, pelo carinho que recebi durante esses 24 anos como jogador. Hoje venho comunicar a todos os torcedores do mundo que minha história como jogador chegou ao fim", escreveu ele.
No dia 23 de junho, um dos maiores nomes da história do futebol mundial resolve voltar aos gramados, para ajudar o time que presidiu, o Mogi Mirim Esporte Clube, a sair da situação que se encontra, estando na zona do Rebaixamento do Campeonato Brasileiro de Futebol - Série B no mesmo ano.
No dia 14 de julho de 2015 em sua segunda partida após o retorno Rivaldo entrou para a história ao jogar ao lado do filho Rivaldo Jr. onde o mesmo marcou o gol e viu seu descendente marcar mais dois na vitória do Mogi Mirim sobre o Macaé.
Em 12 de agosto de 2015, quase dois meses após retomar a carreira profissional, Rivaldo anunciou de novo sua aposentadoria. Agora em definitivo. Aos 43 anos, o meia decidiu que não irá mais se submeter às sessões de infiltração no joelho direito para atuar pelo Mogi Mirim na Série B do Brasileiro. A decisão acontece pouco menos de um mês após renunciar ao cargo de presidente do clube.
Aos 44 anos, ele acertou com o Barcelona novamente, para defender agora o time de "lendas" do clube, formado por ex-jogadores. Trata-se do "FCB Legends", equipe de veteranos que faz partidas pelo mundo para globalizar ainda mais a marca Barcelona. O acordo foi firmado durante visita de Rivaldo ao Barça. Ele participou do evento de lançamento do game PES 2017, que tem parceria entre o clube e a Konami. O Barcelona anunciou nesta também ligação oficial com Rivaldo e revelou que existe uma negociação em curso para que o ex-meia se torne embaixador da Fundação FC Barcelona no Brasil, que promove projetos sociais no país.
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Ídolo no Barcelona — onde sua atuação fez com que fosse eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA em 1999 —, foi decisivo para a Seleção Brasileira conquistar seu quinto título mundial na competição disputada na Coreia do Sul e no Japão em 2002.
Rivaldo era um meio-campo versátil e inteligente, pois fazia gols como atacante — e em algumas oportunidades foi escalado nessa posição. Apesar de não ser um atacante de ofício, quando chegava na área oferecia sério perigo para a zaga adversária com seus chutes letais, sua classe exuberante e sua plasticidade. Era especialista em cobranças de falta, voleios e bicicletas, além de chutes de longa distância e de cobertura. Parecia ser lento mas tinha uma velocidade incrível e em seu registro tem gols e jogadas de todos os tipos.
Teve passagens vitoriosas pelo Palmeiras, clube onde foi campeão brasileiro em 1994, paulista em 1996 e virou ídolo da torcida, pelo La Coruña, e pelo Barcelona, onde foi campeão espanhol em 1998 e 1999, entrando para a lista dos maiores jogadores da história da equipe. Jogou também no Santa Cruz, Mogi Mirim, Corinthians, Milan, Cruzeiro, Olympiakos, AEK Atenas, Bunyodkor, São Paulo, Kabuscorp e São Caetano, encerrando a carreira em 2015 novamente com o Mogi Mirim.
Foi lembrado por Pelé em sua lista dos 125 maiores jogadores vivos do mundo, e está no All-Star Team da FIFA das Copas do Mundo de 1998 e 2002 (seleção dos melhores jogadores eleitos pela FIFA ao final de cada Copa).
Nascido no Recife, assinou contrato profissional com o Santa Cruz aos dezenove anos, em 1991, depois de ter impressionado olheiros locais em um torneio pelo Paulistano, do município onde morava, Paulista, situado na região metropolitana da capital pernambucana. Ainda como Juvenil chegou a participar de algumas partidas no Campeonato Pernambucano de 1990 (marcando um gol), ajudando o Santa Cruz a conquistar o título. Após destacar-se com o Santa na Copa São Paulo de Juniores, em 1992 foi trocado por cinco jogadores com o Mogi Mirim e nem voltou a Pernambuco após o torneio.[8] Foi para o clube do interior paulista juntamente com os colegas Válber e Leto.
No Sapão, participou com eles da conquista da Série A2 do Campeonato Paulista, na equipe que ficou conhecida como "Carrossel Caipira" e e que continha também o zagueiro Capone. Mesmo ali, Rivaldo não era considerado a maior promessa, e sim Válber, embora já ali demonstrasse habilidade no então incomum posicionamento misto de meia e atacante.[10]
Em meados de 1993, em que Rivaldo foi notícia também por um gol do meio de campo, o Corinthians conseguiu o empréstimo dele e de outros jogadores-chave do Mogi: Válber, Leto e o ala Admílson.
No Corinthians foi mal no Rio-São Paulo de 1993, perdendo para um Palmeiras mesclado de reservas. No Brasileiro, contudo, Rivaldo não desapontou marcando onze gols no e ganhando a Bola de Prata da Placar como um dos melhores atacantes.
Não foi bem no Paulistão de 1994; O Corinthians acabou desistindo de contratá-lo em definitivo, após não conseguir reduzir seu preço.[9] O Palmeiras, em parceria com a patrocinadora Parmalat, resolveu apostar nele e pagou 2,4 milhões de reais ao Mogi para tê-lo.
Chegou ao arquirrival para as disputa do Brasileirão daquele ano, já após a Copa do Mundo de 1994, e viveu grande fase, tendo sido vice-artilheiro do campeonato com quatorze gols e o grande maestro da conquista do oitavo título palmeirense no torneio. De quebra, vingou-se de seu ex-clube, contra quem a final foi disputada: marcou dois gols na vitória por 3 a 1, no primeiro jogo e, no jogo de volta, fez o gol de empate por 1 a 1 a dez minutos do fim da partida, acabando com as esperanças alvinegras de esboçar alguma reação. Agora como palmeirense, recebeu nova Bola de Prata seguida, desta vez como um dos melhores meias.
Ainda no Palmeiras ganhou o Campeonato Paulista de 1996, onde o time teve excepcional poder ofensivo, ultrapassando cem gols.
Rivaldo tinha ido aos Jogos Olímpicos já como jogador do Deportivo La Coruña, para onde foi vendido após o título paulista. Chegou ao time da Galícia com a missão de substituir o ídolo local Bebeto, que havia ido para o Flamengo. Teve uma ótima temporada, fazendo 21 gols, que ajudaram a conduzir o "Depor" ao terceiro lugar do Campeonato Espanhol.
Uma temporada depois, Rivaldo já era jogador Barcelona, chegando ao clube catalão para substituir desta vez ninguém menos que Ronaldo, que se transferira para a Internazionale. Os quase trinta milhões de dólares que o "Barça" pagou por ele seriam bem recompensados, com Rivaldo ganhando no clube o que seu "antecessor" não conseguira, o título da Liga Espanhola, que voltava aos blaugranas após três anos. Faturou ainda uma Copa do Rei, uma supercopa européia e mais uma liga espanhola. Depois da primeira temporada suas apresentações foram cada vez mais surpreendentes, a partir daí começou a ser cogitado como o melhor do mundo. Grandes atuações foram vistas, como arrancadas, dribles desconcertantes, passes mágicos e grande quantidade de gols. Os gols aconteceram de todos os tipos, do meio de campo, de bicicletas e voleios, de falta, de cabeça, de cobertura, entre muitos outros. Suas jogadas espetaculares e gols variados pelo Barcelona fizeram com que ele fosse eleito o melhor jogador do mundo.
Após destaque no Corinthians em 1993, ganhando bola de prata, recebeu, em dezembro daquele mesmo ano sua primeira convocação, marcaria o gol da vitória em amistoso contra o México em sua estreia pela Seleção Brasileira. Tinha grandes chances de integrar o plantel convocado por Carlos Alberto Parreira para a Copa do Mundo de 1994. Entretanto, não foi bem no Paulistão de 1994.
Após um excelente Campeonato Paulista em 1996 disputaria, como um dos três jogadores acima de 23 anos do elenco brasileiro, as Olimpíadas de Atlanta que ganharia a medalha de bronze. Acabaria como um dos crucificados na derrota nas semifinais para a Nigéria por ter errado um passe que resultou em um dos gols na vitória dos africanos na prorrogação, e com isso ficou um ano sem defender a Seleção.
Voltou à Seleção Brasileira para as disputas da Copa das Confederações de 1997.
Finalmente, no ano seguinte, iria para uma Copa. No mundial da França, teve grande desempenho com jogadas de efeito e assistências, marcando três gols, pouco podendo fazer na derrota ante aos anfitriões franceses na final.
Já em 1999, ganhou a Copa América, sendo premiado como melhor jogador da competição. Foi artilheiro ao lado de Ronaldo com 5 gols.
Em 2000 e 2001 disputando as eliminatórias da Copa do Mundo de 2002, foi muito criticado pela torcida brasileira, pois o futebol em seu clube Barcelona estava muito superior ao que vinha apresentando na seleção. Então começou a ter desgastes devido aos xingamentos e vaias proferidas pelos torcedores, ao ponto de no jogo contra Colômbia, em pleno estádio do Morumbi lotado, ser hostilizado e declarar que não iria defender mais o Brasil. Ainda assim Rivaldo acabaria as eliminatórias como vice-artilheiro com 8 gols.
Entretanto, na Copa de 2002, Rivaldo foi o principal responsável por liderar o Brasil rumo ao pentacampeonato.
Destacou-se logo na fase de grupos marcando três gols, um em cada jogo, e dando assistências. Continuou decisivo nos mata-matas marcando um golaço, o primeiro gol da vitória por 2 a 0 nas oitavas-de-final, no duro jogo contra a Bélgica. Também foi seu o gol de empate contra a favorita Inglaterra, nas quartas-de-final, após receber passe, em ótima jogada de Ronaldinho, já no final do primeiro tempo. Chegou às semifinais tendo marcado em todas as partidas, o que lhe dava chances de igualar o feito de Jairzinho, que, na Copa de 1970, fizera gols em todos os jogos do Brasil e terminou campeão. Na disputa pela vaga na final, em novo jogo contra a Seleção Turca, todavia, acabou jogando muito bem mas não marcando.
Voltou a ser fundamental na final, contra a Alemanha, tendo participado ativamente dos dois gols da vitória que deu o pentacampeonato à Seleção Brasileira: no lance do primeiro gol, desferiu um forte chute de meia distância que o goleiro Oliver Kahn não conseguiu segurar, deixando o rebote livre para Ronaldo abrir o placar. Poucos minutos depois, atraiu a defesa alemã ao receber um passe de Kléberson, porém abriu as pernas e deixou a bola passar para Ronaldo, livre de marcação, marcar o segundo. Após a final era favoritíssimo para ganhar o prêmio de melhor jogador. Terminou a Copa de 2002 tendo anotado cinco gols e sendo eleito o quarto melhor jogador do torneio pela FIFA.
No ano de 2002 ele também foi homenageado no anime Captain Tsubasa com o personagem Rivaul, que era o melhor jogador do Catalunha (Barcelona). No anime, Rivaul é o melhor jogador do mundo; rápido, forte e habilidoso e o principal nome do FC Catalunha. É o jogador que Tsubasa, protagonista do anime, tenta superar.
Em junho de 2002, ainda antes da Copa, o Barcelona liberou Rivaldo de seu contrato um ano antes de seu término, e o brasileiro mostrou-se satisfeito, pois a equipe estava recontratando seu desafeto, o técnico neerlandês Louis van Gaal. Sendo assim, ele assinou um contrato de três anos com o clube italiano Milan. Mesmo tendo participado dos títulos da Copa da Itália e da Liga dos Campeões da UEFA, estava insatisfeito com a reserva. Não parecia contar com a simpatia do técnico Carlo Ancelotti, que não havia ordenado a contratação do brasileiro (e sim o presidente Silvio Berlusconi). Rivaldo, que já disputava posição com o português Rui Costa, perdeu mais espaço ainda com a surpreendente grande fase que Kaká apresentou assim que chegou aos rossoneri, em meados de 2003.
Resolveu voltar ao Brasil, no início de 2004, por indicação do técnico Vanderlei Luxemburgo que o convenceu a descartar propostas europeias para jogar no clube, sendo a grande contratação do Cruzeiro para Copa Libertadores. Antes, inclusive, de acertar com os mineiros, Rivaldo teria sido desejado pelo São Paulo.Entretanto, sua passagem pela equipe foi muito curta, apenas onze jogos e dois gols, saindo do clube em fidelidade ao técnico Vanderlei Luxemburgo, que foi demitido um dia antes do clássico contra o rival Atlético Mineiro, após desentendimento com a diretoria, frustrando a torcida do Cruzeiro que esperava o Rivaldo que ajudou a Seleção Brasileira a vencer a Copa do Mundo de 2002.
Assinou então com o clube grego Olympiakos, ganhando três Campeonatos Gregos e duas Copas da Grécia. Rivaldo assim como na Espanha marcou gols e jogadas memoráveis, incluindo uma fantástica apresentação na final da copa com uma bola bem colocada de uma posição muito difícil perto da bandeira do escanteio. Rivaldo também marcou dois gols memoráveis de falta na temporada: o primeiro foi no derby local contra o outro gigante do país - o Panathinaikos - e o segundo contra o clube inglês Liverpool, na Copa da UEFA.
Entretanto, sua curta passagem pelo Cruzeiro e a pouca visibilidade do futebol grego no Brasil acabaram custando-lhe a vaga na Seleção Brasileira. Sua última partida foi contra o Uruguai, num empate por 3 a 3 em novembro de 2003, já pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006. Contudo, apenas três meses após renovar seu contrato, Rivaldo resolveu deixar o clube alegando falta de pagamentos, afirmando que lhe era devido aproximadamente trezentos e noventa mil euros.
Acabou acertando com o rival AEK Atenas, onde jogou uma temporada. Para o seu desgosto, o título grego é perdido nos tribunais para o seu ex-clube, que ganhou os pontos de uma derrota para uma equipe que utilizara um jogador que foi pego no antidoping - o suficiente para o Olympiakos ultrapassar em dois pontos o AEK na tabela.
Após quatro temporadas no futebol grego, transferiu-se para o Bunyodkor, do Uzbequistão, por dez milhões de euros, dando grande visibilidade ao time asiático.
Em 11 de agosto de 2010, após dois anos no país, conquistando um bicampeonato nacional e uma copa, anunciou a rescisão do contrato com o clube.
Em novembro de 2010, Rivaldo anunciou que iria disputar o Campeonato Paulista de 2011 pelo Mogi Mirim, clube do qual era também presidente.Entretanto, em janeiro de 2011, acertou com o São Paulo para jogar até o final do ano. Na sua estreia pelo São Paulo, fez o primeiro gol da vitória sobre o Linense por 3 a 2.
Apesar da boa estreia e dos pedidos intensos da torcida tricolor, Rivaldo não foi mais utilizado pelo técnico Paulo César Carpegiani. Chateado com a situação, veio a público dizer que estava insatisfeito com a reserva no time são-paulino e, após a saída de Carpegiani, teve uma boa sequencia de jogos, com Milton Cruz e Adílson Batista. Desde então, fez boas partidas, sendo importante na área de armação do time e conquistando a simpatia de grande parte da torcida. Porém, com a saída de Adilson do comando e a chegada de Emerson Leão, o pentacampeão não teria maiores chances.
Em 1 de dezembro, Rivaldo oficializou, por meio de sua conta no Twitter, que seu contrato não seria renovado pelo São Paulo para 2012.
Em 2012, acertou com o Kabuscorp, de Angola por um valor estipulado pela mídia local em torno de cinco milhões de dólares, uma das maiores contratações da história do futebol africano.[20] No dia 5 de novembro, Rivaldo anunciou o fim do seu contrato com o Kabuscorp, e havia rumores sobre a sua aposentadoria.
No dia 16 de janeiro de 2013, o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, confirmou a contratação de Rivaldo para 2013. O jogador foi apresentado no dia 22, na sede social do Azulão. Em 9 de fevereiro, na sua estreia com a camisa do time do ABC paulista, diante do Corinthians, no Pacaembu, o pentacampeão também fez seu primeiro gol pela nova agremiação, o responsável por inaugurar o marcador do jogo, que terminaria empatado por 2 a 2.
No dia 7 de novembro, rescindiu o contrato com o São Caetano, alegando dores no joelho.
Em janeiro de 2014, reestreou no Mogi Mirim jogando pelo Campeonato Paulista e atuou algumas partidas ao lado do seu filho Rivaldinho.
No dia 15 de março de 2014, por meio de seu Instagram, anunciou que sua carreira de jogador chegou ao fim. "Com lágrimas nos olhos hoje gostaria de primeiramente agradecer a Deus, minha família e a todos pelo apoio, pelo carinho que recebi durante esses 24 anos como jogador. Hoje venho comunicar a todos os torcedores do mundo que minha história como jogador chegou ao fim", escreveu ele.
No dia 23 de junho, um dos maiores nomes da história do futebol mundial resolve voltar aos gramados, para ajudar o time que presidiu, o Mogi Mirim Esporte Clube, a sair da situação que se encontra, estando na zona do Rebaixamento do Campeonato Brasileiro de Futebol - Série B no mesmo ano.
No dia 14 de julho de 2015 em sua segunda partida após o retorno Rivaldo entrou para a história ao jogar ao lado do filho Rivaldo Jr. onde o mesmo marcou o gol e viu seu descendente marcar mais dois na vitória do Mogi Mirim sobre o Macaé.
Em 12 de agosto de 2015, quase dois meses após retomar a carreira profissional, Rivaldo anunciou de novo sua aposentadoria. Agora em definitivo. Aos 43 anos, o meia decidiu que não irá mais se submeter às sessões de infiltração no joelho direito para atuar pelo Mogi Mirim na Série B do Brasileiro. A decisão acontece pouco menos de um mês após renunciar ao cargo de presidente do clube.
Aos 44 anos, ele acertou com o Barcelona novamente, para defender agora o time de "lendas" do clube, formado por ex-jogadores. Trata-se do "FCB Legends", equipe de veteranos que faz partidas pelo mundo para globalizar ainda mais a marca Barcelona. O acordo foi firmado durante visita de Rivaldo ao Barça. Ele participou do evento de lançamento do game PES 2017, que tem parceria entre o clube e a Konami. O Barcelona anunciou nesta também ligação oficial com Rivaldo e revelou que existe uma negociação em curso para que o ex-meia se torne embaixador da Fundação FC Barcelona no Brasil, que promove projetos sociais no país.
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